XII "Conversas com História"

No mês onde os monumentos e sítios são homenageados, o Ecomuseu de Barroso dedicou as "Conversas com História" à excelência da monumentalidade do concelho de Montalegre. O serão, orientado pelo barrosão José Dias Baptista, reavivou memórias em torno da história patrimonial do município. David Teixeira, vice-presidente da Câmara, acredita que «este momento conseguiu aguçar o apetite para um conhecimento mais profundo do território». Ciente da realidade, afirmou que «temos um vasto património, nas diversas vertentes». Essa condicionante implica que «este leque seja mais difícil de recuperar, valorizar, sinalizar e divulgar». Nesse sentido, reforçou que «ficou provado que o objetivo da “construção” do Ecomuseu ainda está no início e ainda há muito trabalho pela frente para as gerações vindouras». Tendo em conta a diversidade, defendeu que em edições futuras «o património natural e imaterial deve ter igual preocupação».

José Dias Baptista mostrou-se satisfeito com o resultado da décima segunda edição projeto que acompanha. Para o historiador, «corre sempre bem quando as pessoas vêm falar comigo e dizem que gostam». Todavia, ressalvou que «não dissemos um terço daquilo que podemos dizer, pelas limitações de tempo». A verdade é que o concelho de Montalegre possui «uma riqueza fabulosa para mostrar ao Mundo», afirmou orgulhoso.

Estiveram no centro das “Conversas com História” o Castelo de Montalegre, a igreja do castelo, o mosteiro de Pitões, o paço de Vilar de Perdizes, o penedo das pegadas de Ferral, a ponte da Misarela, a ponte da Vila da Ponte, a queda de água em Pincães, o Solar dos Queridos em Viade de Baixo. Padre Fontes também brindou o público com informações sobre o caparinho, as pegadas da burrinha, o altar da penascrita, o penedo de rameseiros, os frescos da capela da Nossa Senhora das Neves e a igreja de Soutelinho.

Em representação do Ecomuseu de Barroso, Nuno Rodrigues partilhou que «os exemplos apresentados e em discussão foram uma pequena amostra daquilo que esta região tem para oferecer». Ficou lançado «o desafio à população para que visite e fique a conhecer um património que é de todos» e que «se torna passagem obrigatória pela história e pela beleza». 

 

“BARROSO, A ÍNDOLE DE UM POVO...”

Armando Jorge tem patente no Ecomuseu de Barroso – espaço padre Fontes, até 7 de junho, uma exposição fotográfica. Para o autor, esta mostra é «o reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo de vários anos» e que «tem dado imenso prazer fazer». Ao todo, quase quatro dezenas de registos que retratam «a região, as pessoas, os costumes e os usos».