Fórum Permanente de Turismo Sustentável

Teve lugar em Montalegre, no pavilhão multiusos, a 1ª reunião do Fórum Permanente de Turismo Sustentável. Este encontro visou, entre outros pontos, apresentar o projeto da Carta Europeia de Turismo Sustentável (CETS) do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) e proporcionar uma reflexão sobre os fatores positivos e negativos que diferenciam o território. David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal, acredita que «o PNPG é um trunfo que não está a ser aproveitado e que todos os municípios envolvidos têm a obrigação de potencializar e desenvolver».

Montalegre foi o concelho escolhido para se realizar a 1ª reunião do Fórum Permanente de Turismo Sustentável. A participação nesta sessão esteve aberta a todos os agentes turísticos, desde a restauração, ao alojamento, à animação turística, aos produtores locais e também representantes de instituições dos cinco concelhos que fazem parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). A reunião teve como objetivo apresentar o projeto da Carta Europeia de Turismo Sustentável (CETS) do PNPG. Uma vez explanado o CETS, os participantes foram divididos em quatro grupos de trabalho, consoante a área de interesse que representam: instituições; alojamento; restauração, animação e pontos de venda; curso de formação do IEFP. Esta organização veio proporcionar uma reflexão sobre os fatores positivos e negativos que diferenciam o território. David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, espera que a CETS «sirva como mais uma alavanca para consciencializar todos os agentes turísticos que operam no nosso concelho e nos municípios envolvidos». Ciente da realidade, o autarca referiu que «o PNPG é essencial na estratégia de desenvolvimento do nosso concelho nos próximos anos». Ato contínuo, acrescentou que «não vale a pena termos uma coisa muito bonita se ninguém disfruta dela».

 

João Baptista – CIM Alto Tâmega

«Eu entendo este encontro como muito positivo e interessante. É a primeira vez que, com a responsabilidade que tenho na CIM, participo num encontro desta natureza. É muito importante porque Montalegre para nós sempre foi um território com uma especificidade muito própria no contexto da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega, uma vez que é o único concelho que está integrado no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Não só o território específico em si, mas todo o concelho beneficia disso. Julgo que disso terá que beneficiar todo o Alto – Tâmega. Este trabalho vai no sentido de procurarmos formas de rentabilizar o património natural, histórico e cultural, estudar a internacionalização que pode ter e a visibilidade que ele pode dar. Pode ser uma rapa de lançamento para a sustentabilidade do turismo no concelho e em todo o Alto – Tâmega».

 

Paulo Carranca (em representação da entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal)

«O turismo de natureza é um dos produtos turísticos mais estratégicos do Turismo Porto e Norte de Portugal. Por consequência, nós entendemos que era importante agilizar a importância que este produto turístico tem, em termos daquilo que é a organização da oferta, organização essa que se consolida, um pouco, nestas ações. Isto passa por organizar a oferta privada e aquilo que os serviços públicos têm para oferecer em termos de intervenção na qualificação e promoção daquilo que é o território da área protegida e no âmbito do fenómeno turístico. É importante perceber o que este fenómeno turístico pode trazer como mais-valias, para aproveitar a imensa riqueza deste único parque nacional do país.

Para nós, é vital que este espaço que seja colocado, em termos de aproveitamento estratégico, ao serviço da economia local e a favor da população local e negócios. Toda a região tem a ganhar, pois este aproveitamento estratégico aporta claros ganhos em termos daquilo que é a força do turismo de natureza e a força do território Porto e Norte».

 

Paulo Castro (Ponto Natura)

«Estamos a retomar um trabalho que já começou em 2002, que abraça o Parque Nacional da Peneda-Gerês e os cinco concelhos do seu território.

Esta fase é importante pois estamos a ver se nos pomos todos de acordo relativamente aos problemas que mais nos preocupam. Uma coisa é cada um de nós ter o seu problema, outra coisa é cada grupo ter o problema do grupo e outra coisa é nós sermos capazes de nos entendermos em relação aos problemas que mais nos unem e tentar encontrar solução».

 

Sónia Almeida (ADERE – PNPG)

«Esta primeira reunião correu muito bem. Foi uma reunião muito proveitosa, onde todas as instituições participaram, falaram dos seus problemas e daquilo que podem resolver em conjunto».