“O Lobo e a Aldeia” no Ecomuseu
O Ecomuseu de Barroso recebeu a 5ª edição da atividade “O Lobo e a Aldeia". O objetivo foi informar e sensibilizar os pastores e criadores de gado da região para a prevenção dos ataques de lobo e como é possível coexistir com esta espécie protegida. Esta atividade, organizada peça associação ALDEIA, em parceria com o Grupo Lobo, a Associação de Criadores do Cão de Gado Transmontano, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Ecomuseu de Barroso, teve como finalidade explicar aos pastores e criadores de gado quais as medidas de prevenção de ataques de lobo, os requisitos obrigatórios em vigor para poderem ser indemnizados em caso de ataque, bem como desmistificar o imaginário coletivo e sensibilizar para a importância da conservação desta espécie.
«FERRAMENTA DE DESMISTIFICAÇÃO»
João Rodrigues, em nome da Associação ALDEIA, explicou que a escolha de Montalegre «foi um desafio lançado no ano passado pelo Pedro Moura da Associação de criadores do Cão de Gado Transmontano e que esta iniciativa é muito importante como ferramenta de desmistificação e informação para os agricultores». João Rodrigues considerou, ainda, que «tendo o concelho de Montalegre uma área extensa é mais difícil deslocar os criadores de gado, no entanto fizeram-se representar associações de agricultores e por isso acredito que a informação será transmitida». No final da sessão ficou o desafio do Parque Nacional da Peneda-Gerês organizar pequenas sessões de esclarecimento junto das populações mais afetadas.
«NÚMERO REDUZIDO DE ATAQUES»
Em nome do Instituto de Conservação da Natureza (ICNF), Carlos Pinto atestou que «a sessão correu muito bem e verificou-se que é possível o lobo coexistir com uma pastorícia bem executada». O engenheiro explicou que «há apoios para os ataques do lobo mas também há medidas que melhoram a proteção dos rebanhos». Carlos Pinto considera que «o concelho de Montalegre não é dos mais afetados porque os pastores ainda continuam a tomar conta dos animais e a usar cães».
Em nome do Ecomuseu de Barroso marcou presença Nuno Rodrigues, que lamentou «não estarem presentes mais agricultores, que são os mais interessados neste assunto». Na mesma linha, considerou que «esta iniciativa foi uma mais-valia para os pastores do concelho».