Paradela
Antigamente era lugar da freguesia de São João da Poenteira, (é este o topónimo correcto) hoje invertem-se os termos, sendo sede da dita freguesia Paradela. Porém, como Outeiro, Venda Nova, Ferral, Paredes e Travaços do Rio mantém-se o anterior padroeiro que era e é São João. É uma freguesia de largos horizontes e panorâmicas paisagens, variadas e de grande profundidade para sul e ocidente.
Na sede da freguesia demora uma barragem que assume uma grande novidade em termos de construção: o dique enorme foi erguido com pedregulho a granel, betonado a montante e com um sistema inovador de descarga num funil gigante associado ao túnel de profundidade. Tal como as da barragem da Venda Nova, as suas águas vão em tubarias gigantes fazer mover as turbinas da Central de Vila Nova produzindo energia hídrica. Merecem uma visita cultural as armas dos Carvalhos, na Casa do Loureiro, e os exímios ceramistas locais José Pereira e esposa.
Contim
Todas as três povoações que formam a freguesia já serviram de sede: em todas se rezou missa e se ergueu baptistério capaz. Metade de São Pedro, aldeia fundada sobre um castro onde ainda continua, pertenceu à Comenda de São Tiago de Mourilhe. Porém, o mais idílico recanto de todo o planalto talvez seja a capela de Nossa Senhora da Vila de Abril que foi ermitério medieval carregadinho de religiosidade e lendas.
É uma das “Sete Senhoras” festejadas a 8 de Setembro de cada ano. Vejam bem a poesia desta lenda: Consta que um ermitão (os ermitães, como possíveis vestígios de algum antigo mosteiro que aí tivesse havido, habitaram no local, pelo menos até ao século XVIII), um belo dia de há séculos atrás, ao abrir a porta da capela aos peregrinos, deu pela falta da imagem da Senhora no seu altar. Convenceu então os assistentes a juntarem-se a ele em orações que se prolongaram por todo o dia. Ao cair do sol no horizonte, sobre o Alto de São Pedro do Rio, uma sombra triangular alongou-se pelo corpo do edifício… Era a Senhora que regressava muito cansadinha…
- O ermitão franziu a sobrancelha e repreendeu-a:
“ – Maria, então como é..
que me deixas tão aflito,
preocupado e doente?
- E a senhora regressou ao seu altar ante a estupefacção dos presentes. Era assim, sem cerimónias, que o último pároco da freguesia contava a poética lenda.
Fiães do Rio
Ocupa o penúltimo lugar em termos de pequenez do respectivo território. Foi aí que nasceu Bento António Gonçalves, em 1902, que bem cedo migrou para Lisboa. Muito jovem encabeçou as lutas laborais/sindicais como operário (torneiro mecânico) no Arsenal da Marinha o que o levaria a ser detido pela Pide e condenado a degredo no Tarrafal (Cabo Verde) onde viria a morrer com quarenta anos.
Foi o primeiro Secretário Geral do Partido Comunista Português (PCP). A sua ponte de madeira, tal como a de Covelães, sobre o rio Cávado, é muito antiga. Referidas a ela contam-se muitas peripécias de imensa graça e alguma história. Por lá passavam grupos de pessoas da margem norte, em romagem a São Bartolomeu, o menos conhecido dos doze apóstolos, para que da sua capelinha acorrentasse o demónio e os livrasse das malignas possessões.
Área: 30.8 km2
Densidade Populacional: 9.4 hab/km2
População Presente: 288
Orago: São João(Paradela), S. Vicente(Contim), Santo André(Fiães do Rio)
Pontos turísticos:
- Barragem, Bolideira, Castro, Capela da Senhora de Fátima(Paradela);
- Santuário da Vila de Abril, Passadeiras de Vilaça(Contim);
- Casa de Bento Gonçalves e Ponte(Fiães).
Lugares da Freguesia: (7) Paradela, Ponteira, Contim, São Pedro, Vilaça, Fiães do Rio e Loivos.
Morada:
União de Freguesias de Paradela, Contim e Fiães
Rua da Estrada, n.º 17
5470-362 Paradela - Montalegre
Telefone: 934 113 110